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Descubra 5 dicas de uma cartilha sobre clima e saúde das crianças

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Crianças Brasileiras Enfrentam Desafios Climáticos Crescentes, Aponta UNICEF

Eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, estão se intensificando no Brasil e ameaçando diretamente a saúde de milhões de crianças. De acordo com um recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 40 milhões de jovens brasileiros estão expostos a riscos climáticos significativos. Em um esforço para conscientizar e melhorar as condições de saúde infantil no contexto das mudanças climáticas, o movimento Médicos pelo Clima, em parceria com o Instituto Ar, lançou uma cartilha dedicada aos cuidadores.

Orientações para Cuidadores em Meio às Adversidades Climáticas

A cartilha, que foi revisada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e elaborada com a colaboração do pediatra infectologista Renato Kfouri, aborda os impactos físicos e mentais que as mudanças climáticas têm sobre a infância. Cada capítulo se foca em um evento climático específico relevante para diferentes regiões do Brasil, proporcionando orientações práticas de prevenção e cuidado. O Sul, por exemplo, enfrenta frequentemente inundações, enquanto o Nordeste lida com secas prolongadas. Já no Norte, as queimadas são uma preocupação constante.

Os médicos regionais que contribuíram para este projeto destacam a importância de informar a população sobre os riscos e formas de proteção. “As mudanças climáticas comprometem a saúde respiratória das crianças, influenciam a nutrição e aumentam a proliferação de doenças transmitidas por mosquitos”, explica Dr. Renato Kfouri.

Disseminação de Conhecimento e Prevenção

Disponível para download gratuito, a cartilha foi escrita em uma linguagem acessível, incluindo ilustrações e um glossário com termos de saúde e clima. O objetivo é facilitar o diálogo entre médicos e famílias, apoiando pais, mães e cuidadores na proteção das crianças. Segundo Edson Liberal, presidente da SBP, conscientizar sobre os impactos das mudanças climáticas é essencial. “Informar é uma das formas mais eficazes de proteger”, afirma ele.

O Alarme das Instituições de Saúde

O Brasil é classificado como um país de alto risco pelo Índice de Risco Climático das Crianças, desenvolvido pelo UNICEF. Os dados revelam que quase 25 milhões de jovens estão expostos à poluição do ar e outros 13,6 milhões às ondas de calor. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) estima que a poluição do ar está associada a uma grande porcentagem de casos de pneumonia e asma em crianças, resultando em aproximadamente 600 mil mortes infantis anualmente.

Crianças em situação de vulnerabilidade social são as mais impactadas, especialmente aquelas de comunidades tradicionais ou com deficiências. Pedagogicamente, a cartilha visa fornecer clareza científica e sensibilidade regional sobre os riscos enfrentados, oferecendo orientações práticas que podem ser cruciais para salvar vidas.

Médicos Unidos pelo Clima e Saúde Infantil

Originalmente chamado de Médicos pelo Ar Limpo, o movimento Médicos pelo Clima começou em 2020 para defender a saúde pública em meio à crise climática. O grupo já uniu mais de 15 mil profissionais de saúde e participa de várias coalizões globais para promover políticas públicas e conscientização sobre as mudanças climáticas.

“É vital que gestores públicos, cientistas, médicos e a população em geral discutam e participem de decisões sobre maneiras de mitigar os efeitos do clima na saúde das crianças”, conclui Dr. Renato Kfouri. A cartilha simboliza um passo importante na luta contra os impactos climáticos adversos, promovendo o engajamento de todos os setores da sociedade.

Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://ciclovivo.com.br/fique-ligado/e-books/cartilha-mudancas-climaticas-na-saude-infantil/)

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