Descaso no atendimento do Hospital Municipal da Mulher em Cabo Frio gera revolta em paciente
Uma moradora de Cabo Frio, Giseli Loureiro Pontes, está enfrentando um verdadeiro descaso no atendimento médico no Hospital Municipal da Mulher. Giseli sofre com Adenomiose há dois anos e tem enfrentado dificuldades para conseguir marcar uma cirurgia para resolver seu problema.
Desde o dia 4 de abril, Giseli vem tentando marcar a cirurgia, mas até o momento não obteve sucesso, mesmo tendo em mãos todos os exames necessários. Ela foi liberada da internação na quarta-feira (17), com a médica orientando apenas “tomar remédios para passar a dor”. Porém, no dia seguinte, Giseli já amanheceu apresentando novos sangramentos.
Tudo começou quando a paciente tinha uma consulta agendada com um médico do posto Oswaldo Cruz no dia 4 deste mês. Porém, devido às fortes dores e hemorragia intensa, Giseli foi encaminhada para o Hospital Municipal da Mulher, onde foi informada que seria internada.
Após seis dias de internação, ela foi mandada para casa sem realizar a cirurgia necessária. O médico do posto teria prometido um encaixe para o procedimento, mas nada foi feito. No dia seguinte à sua liberação, Giseli recebeu um encaminhamento para a realização de uma ressonância, que já foi feita, mas ainda aguarda o resultado. No entanto, na segunda-feira (15), ela teve outra hemorragia e muitas dores, sendo necessário buscar atendimento novamente no Hospital Municipal da Mulher.
Giseli denuncia que enfrentou um atendimento grosseiro por parte do médico que a atendeu. Mesmo com a intensidade das dores, o médico teria dito que só a atenderia para não ser omisso, afirmando que o hospital não era voltado para casos como o dela, mas sim para maternidade. Giseli contestou, afirmando que também é um hospital da mulher e que seu caso também deve ser tratado.
Após tratativas entre seu marido e o profissional de saúde, Giseli conseguiu ser internada, porém já está cansada desse “vai e volta” de hospital, principalmente porque já está com o risco cirúrgico em mãos.
Durante sua internação, a paciente recebeu a informação de uma enfermeira de que os médicos não realizam o procedimento porque não querem, mas apenas precisam agendar. Isso levanta questionamentos sobre a falta de comprometimento dos profissionais de saúde e o descaso com a saúde da mulher.
Giseli relata que foi liberada do hospital na noite de quarta-feira (17), mesmo ainda apresentando hemorragia e dores. A médica apenas receitou remédios e afirmou que estava tudo bem. Giseli questiona por quanto tempo terá que fazer tratamento e ressalta a precariedade da saúde em Cabo Frio.
A paciente segue enfrentando hemorragias e dores e faz questão de dizer que a saúde na cidade está uma porcaria. Ela desabafa dizendo que fica sendo carregada de um lado para o outro com seu esposo e seu filho, ressaltando a falta de atendimento adequado.
O Portal RC24H entrou em contato com a prefeitura de Cabo Frio em busca de esclarecimentos sobre o caso, porém, até o momento não obteve retorno.
Essa situação relatada por Giseli é preocupante e demonstra a falta de estrutura e comprometimento dos profissionais de saúde. É essencial que a prefeitura de Cabo Frio tome providências para resolver o problema e garantir um atendimento de qualidade para todos os pacientes, principalmente em casos que envolvem a saúde da mulher.