China e Estados Unidos Intensificam Estratégias em Inteligência Artificial na Educação
Em um cenário de crescente competitividade global, a China avança em suas iniciativas na área de inteligência artificial (IA) aplicada à educação, destacando a importância da ética nessa abordagem. A mudança, observada por especialistas, reflete uma nova postura do governo chinês no setor. Guilherme Cintra, diretor de Tecnologia e Inovação da Fundação Lemann, explica que a proposta chinesa ultrapassa o simples uso de ferramentas de IA, priorizando agora também o ensino sobre a tecnologia.
Uma Nova Abordagem Educacional
Cintra aponta que o foco da China em educação tecnológica é significativamente mais centralizado do que o dos Estados Unidos. Durante a gestão Biden, já havia sido expedida uma ordem executiva voltada para a IA na educação, enfatizando o uso ético das ferramentas tecnológicas. No entanto, a administração Trump reverteu algumas dessas iniciativas ao lançar suas próprias ordens executivas, incluindo a descentralização das ações educacionais e o fortalecimento de parcerias público-privadas.
Objetivos Estratégicos e Geopolíticos
O especialista acrescenta que tanto os Estados Unidos quanto a China visam liderar no setor de inteligência artificial, cada qual buscando consolidar a própria influência geopolítica. “Essas discussões se inserem em um contexto mais amplo de disputa internacional pela supremacia em IA. Desde a proibição de chips até questões tarifárias, fica claro que a educação é um elemento estratégico fundamental para essas nações”, ressalta Cintra.
Educação como Pilar Estratégico
Frente a esse cenário, as ações dos Estados Unidos refletem uma estratégia complexa. Embora a administração Trump tenha manifestado intenção de desmantelar o atual sistema educacional, o foco na IA permanece como uma prioridade. A educação, portanto, surge como um elemento central nas agendas políticas, evidenciando-se como uma ferramenta crucial na competição global por inovação e influência tecnológica.
Perspectivas Futuras
O fortalecimento da educação tecnológica, em especial com foco na ética e no uso responsável da inteligência artificial, promete transformar o cenário educacional nos próximos anos. Cintra avalia que essa estratégia não apenas impulsiona o avanço tecnológico, mas também prepara as futuras gerações para um mundo cada vez mais digital e interconectado. Com isso, a competição entre potências como China e Estados Unidos deve intensificar-se, afetando diretamente o panorama econômico e educacional global.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/05/29/discussao-sobre-ia-educacao-nao-e-nova-china-guilherme-cintra.htm)