Veganismo em Ascensão no Brasil
O veganismo, que visa evitar produtos de origem animal, está ganhando espaço no Brasil. Dados do IPEC mostram que 46% dos brasileiros com mais de 35 anos reduzem o consumo de carne pelo menos uma vez na semana. Esse movimento pode ser parcialmente atribuído ao preço da carne, mas também a uma crescente preocupação com o impacto ambiental e ético da produção animal. Além disso, 32% dos entrevistados já optam por alternativas veganas em restaurantes e outros locais.
A expansão desse estilo de vida é acompanhada por uma crescente consciencialização sobre questões ambientais, éticas e relacionadas à saúde. Os adeptos encontram facilmente opções como roupas feitas de algodão e linho, cosméticos que não são testados em animais, suplementos sem ingredientes de origem animal e um número crescente de receitas e produtos alimentícios veganos.
Crescimento do Mercado Vegano
Conforme a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), o veganismo no país tem apresentado um crescimento expressivo. Isso se deve, em parte, à mudança nas preferências do consumidor, que busca hábitos mais saudáveis e apoia causas ambientais e éticas.
Nos últimos dez anos, a quantidade de empresas com “vegano” no nome cresceu 500%, segundo levantamento do Ministério da Economia. Isso reflete um mercado em expansão e a demanda por produtos que atendem a esse público.
O selo de certificação vegana promovido pela SVB avalia essa evolução: desde 2013, o programa Selo Vegano já certificou mais de 3.921 produtos de 250 empresas diferentes, abrangendo itens alimentícios, de higiene, suplementos, produtos de limpeza e cosméticos.
Variedade de Produtos Veganos
Para adeptos do veganismo, a substituição de produtos de origem animal é fundamental. No setor alimentício, as carnes vegetais são uma alternativa popular. De acordo com a pesquisa do The Good Food Institute Brasil, 52% dos participantes consideram positiva a ideia de consumir esses produtos.
Essas carnes vegetais são criadas a partir de proteínas de soja, ervilha ou grão-de-bico, e o mercado tem projeções de movimentar entre US$ 100 bilhões e US$ 370 bilhões até 2035, conforme dados da Universidade Candido Mendes.
Além das carnes vegetais, leguminosas são fontes ricas de proteína e oferecem diversas possibilidades culinárias, sendo uma opção mais econômica e saudável que muitos alimentos veganos industrializados.
A inclusão de suplementos como vitamina D3, B12 e ômega 3 vegetal é comum na dieta vegana, ajudando a suprir ausência de nutrientes encontrados em produtos de origem animal.
Impacto do Veganismo em Outros Aspectos
O estilo de vida vegano vai além da alimentação. Adeptos também mudam suas escolhas em vestuário, cosméticos, calçados e produtos de limpeza. A motivação por trás desse estilo de vida inclui a preocupação com o meio ambiente, o bem-estar animal e a saúde pessoal.
De acordo com a Universidade Candido Mendes, esses fatores contribuirão para o contínuo crescimento do mercado vegano, refletindo uma mudança em larga escala nos hábitos de consumo e um futuro mais sustentável.
