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Cresce o abastecimento ilegal em Arraial do Cabo e preocupa a Região dos Lagos

abastecimento clandestino cresce na Região dos Lagos e acende alerta — RC24H

Captação Clandestina de Água: Desafio Persistente na Região dos Lagos

A prática ilegal de captação de água tem se tornado uma preocupação crescente na Região dos Lagos, especialmente em cidades como Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo. Com operações constantes de combate a essas irregularidades, destacam-se os impactos negativos no abastecimento de água e na saúde pública.

Desafios do Abastecimento Ilegal

A captação clandestina de água é um problema que afeta diretamente a infraestrutura de saneamento básico da região. Além de ser uma prática criminosa, definida como furto no Código Penal, a captação irregular contribui para o rebaixamento dos lençóis freáticos e prejudica o equilíbrio da Lagoa de Araruama. Frequentemente, a água é retirada de poços ilegais ou desviada de redes públicas, sendo armazenada e distribuída sem segurança sanitária.

Os prejuízos são inúmeros: redução da pressão na rede, comprometimento da qualidade do serviço e sobrecarga do sistema. A prática prejudica o fornecimento de água para aqueles que estão dentro dos padrões legais, além de colocar a saúde pública em risco.

Fiscalizações Intensificadas

Nos primeiros seis meses de 2025, foram registrados 4.706 casos de irregularidades em cidades como Búzios, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande. As operações são conduzidas por equipes da Prolagos, com a colaboração das polícias Civil e Militar Ambiental, além das Prefeituras locais. Em ações realizadas, estima-se que 195 mil litros de água tenham sido recuperados.

Conforme explica a delegada Flávia Monteiro de Barros, da 127ª Delegacia de Polícia Civil de Búzios, essas operações frequentemente revelam estruturas organizadas voltadas à comercialização ilegal de água. A cooperação entre a Polícia Civil, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e concessionárias como a Prolagos é essencial para o combate a esses crimes.

Riscos à Saúde Pública

A ingestão de água captada de forma clandestina é um risco significativo à saúde. A infectologista Apparecida Castorina Monteiro dos Santos alerta para a possibilidade de transmissão de doenças como amebíase, giardíase, hepatite A e outras infecções bacterianas e virais. O contato indireto, como durante o banho ou na limpeza de utensílios, também representa perigo.

Populações vulneráveis, como crianças e idosos, sofrem ainda mais com a exposição a essas águas contaminadas. Dados do Ministério da Saúde indicam que, entre 2000 e 2023, surtos de doenças relacionadas à água contaminada foram significativos, ampliando os desafios para o sistema de saúde pública.

Impactos ao Meio Ambiente e Ações Preventivas

Apesar de algumas melhorias ao longo dos anos, o impacto ambiental ainda é expressivo. A extração ilegal reduz a disponibilidade de água subterrânea e facilita a intrusão de água salgada nos aquíferos, afetando a qualidade da água. Além disso, poços clandestinos mal construídos aumentam o risco de contaminação por poluentes.

Para mitigar esses efeitos, o INEA utiliza drones e georreferenciamento para localizar captações ilegais. A Prolagos, por sua vez, realiza fiscalizações e promove a conscientização da população sobre o uso responsável da água. A empresa mantém projetos socioambientais que procuram educar as comunidades sobre a importância da legalidade e da segurança no abastecimento de água.

Conscientização é Fundamental

A educação e a conscientização do público sobre a ilegalidade da captação clandestina de água são cruciais para prevenir problemas de saúde pública. Campanhas educativas focadas no uso racional e legal da água são essenciais para mudar essa realidade. Além de ações voltadas à população, a capacitação dos agentes de fiscalização é fundamental para o controle ambiental eficaz.

A colaboração da comunidade é essencial para o combate a essas práticas ilegais. Denúncias de ligações clandestinas podem ser feitas anonimamente, contribuindo para a integridade do sistema de abastecimento e para a saúde coletiva.

Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos

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Editorial GRDL

Editorial do Guia Região dos Lagos

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