Clínica gera controvérsia ao mudar de local em Maricá

Clínica muda de lugar e causa polêmica entre vizinhança em Maricá | Enfoco

Grupo realiza manifestação contra mudança de clínica terapêutica em

Um grupo de moradores de realizou um ato pacífico nesta quarta-feira (3) pelas ruas do Centro da cidade para protestar contra a mudança de endereço de uma clínica terapêutica voltada para o tratamento de dependentes químicos. A chegada da clínica, que será instalada em um imóvel alugado na Rua 16 do loteamento Manu Manuela, tem gerado polêmica entre os moradores, que alegam preocupação com a segurança da área residencial.

A clínica em questão é a ONG Projeto Livres (Proliv), que pretende inaugurar o espaço em breve, com a capacidade para cerca de 10 residentes. No entanto, a Associação de Moradores do Manu Manuela enviou um ofício à prefeitura questionando a concessão do alvará e as documentações necessárias para o funcionamento do projeto.

Ao ser questionada, a prefeitura de Maricá afirmou que a clínica não possui o alvará para o funcionamento no local em questão. Porém, o Proliv garante que o imóvel tem autorização para uso comercial, além de liberações da prefeitura e da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) para operar.

A clínica oferecerá diversos tipos de tratamentos para os dependentes químicos, como grupos terapêuticos, atendimentos clínicos e psicoterápicos individuais, além de uma oficina de horta. Apesar disso, alguns moradores demonstram preocupação com a localização da clínica, alegando que a área é residencial e próxima a creches e cursos para crianças.

Em busca de um diálogo e alternativas concretas, representantes da Proliv participaram de uma reunião com os moradores, organizada pelo Conselho Municipal de Enfrentamento à Dependência Química e ao Uso Abusivo de Álcool e outras Drogas de Maricá (Comad). O psicólogo Pedro Victorino, assessor técnico da Proliv, ressaltou que a instituição está aberta ao diálogo e que o preconceito atrapalha a busca por soluções.

Segundo o psicólogo, a mudança de endereço se faz necessária porque o proprietário do atual imóvel solicitou a desocupação, pois tem outros interesses particulares. Ele também destacou o apoio que a instituição recebe de diversos artistas e o atendimento que realizam para pessoas de vários lugares.

Durante o protesto, os moradores propuseram a rescisão do contrato da Proliv no imóvel do Manu Manuela e ofereceram ajuda financeira para o aluguel de um novo espaço afastado, onde os dependentes químicos não teriam acesso a bares e outros estabelecimentos. Segundo eles, mais de 2 mil moradores são contra a instalação da clínica na área residencial e desejam encontrar um local adequado para garantir a segurança de todos.

A prefeitura de Maricá informou que representantes do governo municipal estiveram na manhã desta quarta-feira conversando com os moradores para explicar a situação do estabelecimento. De acordo com a prefeitura, a clínica não possui o alvará para o funcionamento no local em questão.

É importante que o diálogo entre a clínica e os moradores de Maricá continue, buscando encontrar uma solução que atenda aos interesses de todos. A questão da segurança deve ser considerada, mas é fundamental também garantir o acesso ao tratamento para os dependentes químicos, que necessitam de apoio e acolhimento adequados.

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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