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China corta emissão de carbono com energia renovável em ascensão

China reduz carbono impulsionada por renováveis

Crescimento de Renováveis Reduz Emissões de Carbono na China

A China alcançou um marco significativo em sua transição energética ao registrar uma redução nas emissões de carbono pela primeira vez, impulsionada pelo aumento na produção de energia renovável. Este feito notável ocorre apesar do crescimento contínuo na demanda por energia, conforme análise de Lauri Myllivirta, analista sênior do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (CREA).

Transformação no Setor Energético Chinês

Segundo Myllivirta, a geração de energia limpa não apenas superou a demanda atual e a de longo prazo por eletricidade, mas também resultou em uma diminuição no uso de combustíveis fósseis. No primeiro trimestre de 2025, enquanto a demanda total de energia na China aumentou em 2,5%, a produção de energia térmica, principalmente de carvão e gás, sofreu uma redução de 4,7%.

A transformação no setor energético da China é particularmente relevante considerando que o país é o maior emissor de gases de efeito estufa globalmente. Apesar disso, a China mantém o compromisso de atingir o pico de emissões até 2030 e a neutralidade de carbono até 2060. A capacidade instalada de energia renovável no país já superou a de muitos outros, destacando-se na liderança mundial deste segmento.

Queda nas Emissões e o Futuro Energético

Myllivirta destaca que a expansão das fontes de energia solar, eólica e nuclear contribuiu para uma redução de 1,6% nas emissões de carbono no primeiro trimestre de 2025. No setor elétrico, esta queda foi ainda mais acentuada, chegando a 5,8%, compensando parcialmente as emissões das indústrias química e metalúrgica, que ainda dependem fortemente do carvão.

Importante notar que, embora o fornecimento de eletricidade renovável tenha permitido uma diminuição na geração a carvão mesmo com o aumento na demanda, as emissões permanecem apenas 1% abaixo do pico mais recente, indicando que um crescimento econômico renovado poderia elevar novamente as emissões.

Desafios e Perspectivas de Carbono

Apesar dos progressos, a China ainda está distante de cumprir sua meta de reduzir em 65% a intensidade de carbono, que é a relação entre emissões e Produto Interno Bruto (PIB), conforme estipulado no Acordo de Paris. O futuro das emissões chinesas dependerá das tendências dos setores industriais e das políticas adotadas em resposta a fatores externos, como tarifas comerciais.

Embora a China esteja na vanguarda quanto à energia limpa, o carvão ainda desempenha papel crucial na matriz energética do país. Em 2024, foram iniciados projetos de energia a carvão que, uma vez concluídos, devem adicionar 94,5 gigawatts, representando cerca de 93% do total mundial, segundo relatórios do Global Energy Monitor e CREA.

O Rumo da Transição Energética

Dados de abril de 2025 apontaram que, pela primeira vez, a capacidade de geração solar e eólica no país superou a de energia térmica. Apesar disso, Myllivirta alerta sobre o potencial de recuperação das emissões a curto prazo. Ele destaca que setores como petróleo, aço e materiais de construção, responsáveis por mais de 80% das emissões de dióxido de carbono relacionadas a combustíveis fósseis na China, ainda enfrentam desafios significativos.

O analista do CREA observa que há potencial para uma redução contínua nas emissões nos próximos cinco anos, se as políticas certas forem implementadas. Contudo, decisões contrárias podem facilmente resultar em um aumento das emissões até 2030, conclui Myllivirta.

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