Spotify nega acusações de uso de IA para criar músicas falsas e emite declaração sobre o futuro da criatividade
O Spotify, uma das maiores plataformas de streaming de música do mundo, está enfrentando acusações de promover músicas criadas por inteligência artificial para economizar em royalties. As alegações surgiram após uma reportagem do jornal sueco Dagens Nyheter e do livro “Mood Machine”, que afirmam que a empresa contratou um grupo de produtores para gerar milhares de faixas com perfis falsos de IA. No entanto, a empresa negou veementemente essas acusações.
A evolução da criatividade musical com a inteligência artificial
Daniel Ek, CEO do Spotify, comentou sobre o uso de IA na indústria musical, afirmando que vê essa tecnologia mais como uma evolução do que uma revolução. No entanto, ele expressou incerteza sobre como esse desenvolvimento influenciará a criatividade no setor futuramente. “Queremos que seres humanos reais tenham sucesso como artistas e criadores, mas o que acontecerá com a criatividade no futuro com a IA? Não sei. O que é música?”, questionou Ek.
Ek destacou ainda a evolução de gêneros musicais que, no passado, não eram considerados “música de verdade”, como a música eletrônica, a cultura dos DJs e o hip-hop. Ele comparou essa evolução com o uso de ferramentas modernas que agora permitem que qualquer pessoa crie uma batida em poucos minutos. “As ferramentas que temos são simplesmente impressionantes. Cada vez mais pessoas vão criar”, acrescentou.
A música e a tecnologia ao longo do tempo
Para ilustrar o impacto das tecnologias nas práticas musicais, Ek fez uma menção a Mozart, que precisava compor sinfonias complexas mentalmente antes de poder escrevê-las. Hoje, em contraste, a tecnologia permite criar música de forma mais acessível e rápida, o que democratiza o processo criativo e amplia as possibilidades para novos talentos.
O papel da inteligência artificial na música
Apesar das preocupações, Ek acredita que a incorporação de inteligência artificial na música não elimina a necessidade dos artistas, mas sim transforma a maneira como a música é produzida e consumida. Para ele, a IA amplia as fronteiras da criatividade e oferece novas ferramentas para os músicos explorarem suas ideias.
A discussão em torno do uso de IA na música é complexa e abrange tanto questões legais quanto éticas. As acusações contra o Spotify acenderam um debate sobre como as empresas de tecnologia podem integrar a inteligência artificial em seus modelos de negócios sem comprometer os direitos dos artistas e a autenticidade da música.
Desafios e possibilidades na indústria musical
A controvérsia levantada pelo uso da IA no processo de criação musical levanta questões sobre a propriedade intelectual e os direitos dos artistas. As plataformas de streaming, como o Spotify, estão no centro desta conversa, pois navegam em um cenário onde a tecnologia continua a desafiar as normas tradicionais da indústria.
Enquanto a tecnologia avança, o papel da IA na música promete reconfigurar a paisagem criativa, trazendo à tona novas oportunidades para artistas e ouvintes. No entanto, o equilíbrio entre a inovação tecnológica e a preservação dos direitos dos criadores humanos permanece uma questão crucial.
O Spotify continua a defender o papel central dos criadores humanos em sua plataforma, mesmo com o avanço da inteligência artificial na indústria. A empresa reitera seu compromisso com a autenticidade e a criatividade, enquanto explora novas formas de integrar tecnologia e música.
Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://www.uol.com.br/tilt/noticias/afp/2025/05/28/diretor-do-spotify-diz-que-ia-nao-e-ameaca-para-industria-musical-futuro-da-criatividade.htm)