Chalé aéreo busca reduzir danos ao meio ambiente

Chalé suspenso

Chalé suspenso busca minimizar impacto ambiental

Um chalé em meio à floresta quase sempre remete à simplicidade da vida no campo. Entretanto, o simples fato de realizar uma pequena construção de madeira não garante que a casa seja isenta de um grande impacto ambiental. Foi pensando nisso que um escritório canadense projetou um chalé suspenso levando em consideração diversos aspectos ambientais.

“O paradigmático chalé norte-americano são versões ‘florestais’ de casas suburbanas e incluem todas as conveniências modernas. Essas construções ajudam a sustentar o mito de que, ao parecerem estar em harmonia com a terra, seus proprietários estão causando menos impacto no meio ambiente”, afirma o escritório Kariouk Architects. Em resposta, o grupo criou o chalé batizado de m.o.r.e. CLT Cabin.

Uma das escolhas para reduzir o impacto foi manter a construção elevada do nível natural do solo. Sustentado por pilares, o chalé toca a terra levemente, envolvendo a flora e fauna local. Uma única base de concreto e um mastro de aço ajudam a reduzir o tamanho da fundação.

Evitar uma grande fundação convencional preservou ainda o solo da bacia hidrográfica ao redor, prevenindo a erosão. Como o concreto é uma das maiores fontes de emissão na construção, limitar seu uso reduziu drasticamente a pegada de carbono do projeto.

Para reduzir desperdício e garantir durabilidade, a estrutura do chalé suspenso é composta por madeira laminada cruzada, mais conhecida como CLT (Cross Laminated Timber), um produto altamente tecnológico feito por camadas de madeira. O material é conhecido por ter a resistência estrutural do concreto armado.

O CLT foi inteiramente trabalhado fora do local e então içado para o lugar, minimizando o tempo de construção e evitando danos à paisagem pela manobra de máquinas de construção. Aliás, todos os materiais de construção foram dimensionados para um caminhão menor de reboque para evitar qualquer derrubada de árvores ao longo da estrada.

Energias “fora da rede”

Além do próprio CLT fornecer bom conforto térmico, outros recursos foram adotados para garantir o abastecimento energético necessário para qualquer época do ano. A casa é alimentada por energia solar. Para resfriamento, o chalé suspenso faz uso de brisas e ventilação cruzada.

Embora a cabana seja elevada cerca de 20 m acima do solo, sua parede envidraçada voltada para o sul é sombreada nos meses mais quentes pela copa das árvores ao redor. No inverno, os galhos nus permitem que bastante luz solar entre pelas grandes janelas e ajudem a aquecer a casa.

Por fim, a construção ainda criou um lar para morcegos locais ameaçados de extinção. Os casulos de morcegos foram integrados ao mastro para fornecer segurança contra predadores escaladores e uma rota de voo livre para o lago.

O nome “m.o.r.e.”, que dá nome ao projeto, não apenas é a palavra em inglês para “mais”, como também é derivado da primeira inicial das avós dos clientes. A ideia foi celebrar a vida dessas quatro mulheres, todas imigrantes com vidas muito difíceis, que sempre fizeram “mais” com “menos”, ou melhor, com os poucos recursos que possuíam.

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