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Calor intenso eleva o uso de energia e impacta na conta de luz

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Calor intenso provoca aumento no consumo de energia elétrica e impacto nas contas de luz

O Brasil está enfrentando um período de calor extremo, que afeta várias regiões do país. Segundo dados da agência espacial europeia Copernicus, o mês de janeiro deste ano se destacou como o mais quente já registrado, apresentando uma temperatura média 1,75º C acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). Apesar da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter adotado a bandeira verde para o mês de fevereiro, as ações dos cidadãos para lidar com as altas temperaturas podem resultar em um aumento significativo nas despesas da conta de energia elétrica.

Recentemente, cidades do Rio Grande do Sul, como Quaraí, São Gabriel, Santiago, Alegrete, São Vicente do Sul e Uruguaiana, registraram temperaturas tão altas que os moradores foram obrigados a modificar suas rotinas diárias para fazer frente ao calor insuportável. Essa adaptação incluiu o uso frequente de ventiladores, chuveiros e ar-condicionado, elevando o consumo de energia elétrica tanto em residências quanto em fábricas, o que influencia diretamente nos custos mensais com eletricidade.

Considerando o período entre dezembro de 2024 e maio de 2025, as previsões para a Energia Natural Afluente (ENA), que mede a quantidade de energia produzida a partir da água armazenada nos reservatórios, indicam que os índices podem variar entre 71% e 102% da Média de Longo Termo (MLT). Se o cenário mais pessimista se concretizar, a ENA registrada será a quarta menor em 94 anos de medições. Por outro lado, a situação mais otimista revelaria um desempenho que colocaria a energia entre as 34 maiores marca observadas para este intervalo temporal.

Mulher em frente a ventilador para se refrescar no calor

As consequências do aumento no consumo de energia elétrica durante esses períodos de calor afetam diretamente o valor da conta de luz dos consumidores. Para evitar maiores gastos, é importante que quem pretende comprar novos aparelhos, incluindo os eletroeletrônicos, preste atenção na eficiência dos mesmos, garantindo que a compra não gere despesas extras no fim do mês.

Bruno Herbert, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), ressalta a importância de verificar o selo Procel, que identifica aparelhos com melhor eficiência energética, aqueles que demandam menos energia e contribuem para uma conta de luz mais baixa. “O ideal é optar por produtos que possuam esse selo ou a etiqueta do Inmetro com a classificação de letra “A”, pois são os que apresentam maior eficiência”, explica ele.

Orientações para a população

Com o aumento das compras online, Herbert sugere que os consumidores busquem informações disponíveis nos sites dos fabricantes ou em plataformas especializadas para verificar a eficiência e o impacto energético dos produtos. “Mesmo que um site não exiba o selo Procel, ainda é possível fazer uma pesquisa rápida sobre o modelo e descobrir sua eficiência e qualidade. O consumidor deve se informar o máximo possível antes de realizar a compra”, destaca.

Ar-condicionado em uma casa

Ademais das orientações para economizar energia, as pessoas podem utilizar simuladores disponíveis nos portais das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil. De acordo com o presidente da ABESCO, por meio destes simuladores, é possível entender melhor o consumo de eletricidade de cada aparelho em casa. “Ao selecionar os cômodos e equipamentos, informando a potência e o tempo de uso, o simulador calcula o consumo total. É uma forma rápida de escolher um equipamento que ajude a mitigar o calor sem comprometer o orçamento”, ressalta.

Comparativo de consumo: ar-condicionado e chuveiro

No que diz respeito ao consumo de energia, o ar-condicionado é, sem dúvida, o principal responsável pelos altos custos nas contas de luz. Um cálculo simples considerando um modelo comum, ligado por cerca de oito horas por dia durante um mês, resulta em um consumo que supera mais de duas vezes o total médio de um chuveiro elétrico que fica ligado por 30 minutos diariamente. De fato, o chuveiro configura-se como o segundo equipamento residencial que mais onera as contas de energia, seguido pelo ferro elétrico.

“Estudos indicam que apenas fazendo a alteração da temperatura do ar-condicionado de 17ºC para 23ºC, pode-se economizar até 50%. Quanto aos chuveiros elétricos, algumas ações simples que muitas pessoas não costumam realizar são a redução do tempo no banho, o ajuste do chuveiro para o modo verão, desligá-lo enquanto se faz a barba ou se hidrata os cabelos e a manutenção das saídas de água limpas”, afirma Herbert.

Economizando energia sem comprometer o conforto

O presidente da ABESCO também menciona outras dicas relevantes que frequentemente passam despercebidas. Uma delas é evitar o que se conhece como uso fantasma. “Mesmo que se desligue aparelhos como televisão e micro-ondas, aquelas luzinhas vermelhas ou o display que permanecem acesos consomem energia. Desconectar esses aparelhos da tomada pode resultar economias de até 10% no consumo anual de uma casa”, alerta o especialista.

Conta de luz em destaque

Outra ação simples que pode gerar economia é a troca de lâmpadas comuns por lâmpadas LED; utilizar o refrigerador de forma eficiente, evitando deixar a porta aberta por longos períodos ou o acúmulo de gelo; e evitar passar roupas em pequenas quantidades. Para as indústrias, investir em projetos voltados para a eficiência energética fará uma grande diferença não apenas no verão, mas ao longo de todo o ano.

Certamente, a questão da vampirização, ou o uso fantasma, é um tema amplamente discutido, representando um custo que muitas vezes não é notado. “Quando desligamos eletrônicos, como televisores e micro-ondas, ainda assim os mesmos consomem energia por causa das luzes indicativas ou displays. Desconectar esses aparelhos pode significar uma economia significativa, de até 10% no consumo de energia de um lar ao longo do ano”, conclui o presidente da ABESCO.

O post Calor excessivo aumenta o consumo de energia e reflete na conta de luz foi publicado primeiramente no CicloVivo.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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