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Sobrevivência e renovação após explosão em lancha em Cabo Frio
Um ano após a explosão de uma lancha durante um passeio em família, o mecânico Rafael Junior Oliveira Larangoti, de 34 anos, rememora esse evento marcante como um verdadeiro renascimento e um livramento da morte. No fatídico dia, Rafael estava na embarcação que navegava na Ilha do Japonês, em Cabo Frio, ao lado de sua esposa, de 28 anos, e de seus três filhos, com idades de cinco, oito e nove anos. Infelizmente, todos os membros da família sofreram queimaduras severas em decorrência do incidente.
O acidente ocorreu em 10 de maio do ano passado e não apenas afetou a família, mas também deixou o condutor da lancha, de 30 anos, ferido. As crianças, devido à gravidade das queimaduras, tiveram entre 40% e 70% de suas peles danificadas, o que demandou um longo período de internação e cuidados médicos intensivos.
Desde então, Rafael encampou um dos desafios mais difíceis da sua vida e considera a própria sobrevivência um milagre divino, acreditando que renasceu após essa tragédia. “Um ano depois, a minha sensação é de alívio e de renovação. Sobreviver foi um verdadeiro milagre de Deus e sou eternamente grato por estar aqui com a minha família. Diante da gravidade do acidente, era quase impossível estarmos vivos”, enfatiza o mecânico.
Rafael continua em processo de recuperação das queimaduras, mas valoriza profundamente a dedicação dos profissionais da saúde que o atenderam desde o início. “Devemos também agradecer a todos os profissionais do Hospital Roberto Chabo. Foi sob os cuidados deles, além de Deus, que recebemos amor, carinho e atenção. Lembro de cada um dos rostos que nos auxiliaram e sou totalmente grato”, afirmou o mecânico.
Neli Paloma, a esposa de Rafael, e o filho Gabriel, de 8 anos, que estavam internados no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, receberam alta e foram transferidos para o Hospital Roberto Chabo em 3 de junho do ano passado, onde já estavam Rafael e os outros dois filhos do casal: Rafaela, de 9 anos, e Miguel, que havia acabado de completar 5 anos.
Centro de Trauma: referência em atendimento na Região dos Lagos
O Centro de Trauma (CT) do Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), localizado em Araruama, completou um ano de funcionamento e já atendeu mais de 1.400 pacientes. O centro tornou-se uma referência em situações de média e alta complexidade para nove municípios da Região dos Lagos, além de ter recebido 16 leitos de terapia intensiva, ampliando a capacidade de atendimento da unidade.
Mário Jorge Espinhara, diretor-geral do hospital, ressaltou que o Centro de Trauma diminuí significativamente o tempo de atendimento especializado, evitando a transferência de pacientes para unidades em Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro. “Na saúde, o tempo é vida. O Centro de Trauma reduziu em até três horas o tempo de resposta em casos graves, o que é essencial para salvar vidas”, comentou.
Segundo informações, os principais tipos de traumas atendidos pelo CT incluem acidentes de moto e automóveis, quedas, atropelamentos, ferimentos causados por armas de fogo ou armas brancas, agressões físicas e lesões resultantes de mergulhos em águas rasas. A estrutura conta com uma Linha Vermelha de emergência, que possibilita que Corpo de Bombeiros, SAMU, Polícia Militar e concessionárias de rodovias se comuniquem rapidamente e solicitem vagas de atendimento com agilidade.
O governador Cláudio Castro elogiou os resultados obtidos pelo centro e a importância da unidade, afirmando: “As estatísticas mostram como a criação do Centro de Trauma foi acertada na região. Ele está salvando muitas vidas por meio da agilidade no atendimento especializado e parabenizo toda a equipe do hospital pela dedicação e pelo trabalho excepcional que vêm realizando.”
Com investimentos que somam R$ 2,6 milhões, o Centro de Trauma realizou 925 atendimentos somente em 2024. Nos três primeiros meses do ano, já contabilizavam 400 pacientes atendidos. O HERC, que dispõe de 91 leitos, realizou mais de 26 mil atendimentos clínicos e cirúrgicos no ano passado, além de 18.554 exames de imagem e 238.905 exames laboratoriais.
Esse trágico incidente e a recuperação subsequente refletem não apenas a resiliência da família de Rafael, mas também a importância dos serviços de saúde na Região dos Lagos, que se mostram essenciais em momentos de emergência. As nações devem continuar investindo em infraestrutura médica, formação de profissionais da saúde e treinamento em emergências para que situações como essa possam ser minimizadas no futuro.
Fonte: Guia Região dos Lagos
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