Cabo Frio: Polícia Civil acusa duas pessoas pela explosão de lancha que matou homem e criança de 4 anos

Polícia Civil indicia duas pessoas por explosão de lancha que matou homem e criança de 4 anos em Cabo Frio

Investigação sobre explosão de lancha em Cabo Frio é concluída

A Polícia Civil finalizou o inquérito relacionado ao trágico incidente ocorrido em , na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, onde uma lancha explodiu, resultando na morte de duas pessoas, um homem de 36 anos e uma criança de apenas 4 anos. O incidente aconteceu em junho de 2024, nas proximidades da Ilha do Japonês, e chocou a comunidade local, gerando grande atenção da mídia e do público.

No decorrer das investigações, foram indiciados o proprietário da embarcação e o marinheiro que estava no comando da lancha no momento da explosão. Ambos enfrentarão acusações relacionadas a homicídios culposos, além de cinco lesões corporais, incêndio e violação da segurança marítima. O Ministério Público foi informado sobre o progresso do caso, que agora avança para os trâmites judiciais.

Conforme relatado pela 126ª Delegacia de Polícia, a investigação revelou que, à bordo da lancha, estavam onze pessoas no total, incluindo o marinheiro e outros dez turistas oriundos do estado do Espírito Santo. Infelizmente, durante o acidente, oito pessoas ficaram feridas e tiveram que ser encaminhadas para hospitais da região para receber tratamento médico adequado.

Causas do acidente

O inquérito apontou que a explosão da lancha foi causada pela troca inadequada da tampa do tanque e pelo excesso de combustível durante o abastecimento. Essas falhas na manutenção e nos procedimentos de segurança contribuíram significativamente para a tragédia. Além disso, as autoridades também descobriram que a embarcação não possuía seguro, o que complicará ainda mais a situação dos envolvidos no acidente.

Em resposta aos eventos, a Justiça determinou em julho de 2024 o congelamento dos bens dos responsáveis pelo acidente. Essa medida foi adotada com o intuito de garantir que indenizações pudessem ser pagas às vítimas da explosão, evitando assim que os indiciados transferissem seus bens para terceiros e dificultassem a compensação aos afetados. Além disso, foi determinado o bloqueio de R$ 450 mil em contas bancárias de propriedade dos envolvidos.

Contexto sobre explosões de lanchas na região

Esse acidente em não foi um caso isolado, pois representou a terceira explosão de lancha na região em um período de 37 dias, somente em 2024. Antes do evento devastador em junho, no dia 10 de maio, uma outra lancha já havia explodido, resultando em seis feridos. Estes fatos levantam sérias questões sobre a segurança das operações de embarcações na área, despertando a preocupação de autoridades e da comunidade em geral.

No incidente anterior, estavam a bordo da embarcação o condutor, um homem de 30 anos, e uma família vinda de Itaguara, em Minas Gerais. A família era composta por um casal, com idades de 29 e 34 anos, além de três filhos, que tinham entre 4 e 9 anos. A sequência de explosões de lanchas na mesma região em um intervalo tão curto é alarmante e poderá resultar em ações mais rigorosas por parte das autoridades marítimas.

A gravidade desses acidentes reforça a necessidade de uma revisão abrangente das normas e procedimentos de segurança em embarcações, visando evitar que tragédias semelhantes se repitam no futuro. A dependência de lanchas para turismo e transporte na Região dos Lagos torna imprescindível investimentos em segurança e capacitação dos profissionais responsáveis pela condução dessas embarcações, para garantir a integridade e segurança de todos os passageiros.

O ocorrido em Cabo Frio serve como um triste lembrete da importância da responsabilidade no setor marítimo e a necessidade de ações preventivas contínuas para proteger a vida humana no mar. Cada incidente desta natureza não apenas causa dor e perda a indivíduos e famílias, mas também abala a confiança do público nas atividades recreativas e comerciais no ambiente aquático.

Com a conclusão do inquérito, agora a população aguarda que a Justiça tome as providências cabíveis para responsabilizar os envolvidos, na esperança de que medidas possam ser implementadas para melhorar a segurança nas águas da região e prevenir novos desastres. A expectativa é que a tragédia não seja esquecida e sirva de alerta para todos os que frequentam as belas praias e ilhas de Cabo Frio e arredores.

 

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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