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Cabo Frio: PF inicia Operação Teatro Invisível 2 e prefeito é um dos alvos!

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A Polícia Federal deflagra a Operação Teatro Invisível 2 no Rio de Janeiro

No dia 16 de agosto, a Polícia Federal (PF) deu início à Operação Teatro Invisível 2, visando desmantelar uma rede de desinformação que atuava no estado do Rio de Janeiro durante os períodos eleitorais. Esta operação surge como um desdobramento das investigações anteriores, buscando uma resposta contundente a práticas fraudulentas que buscam manipular o eleitorado.

De acordo com os investigadores, as pessoas contratadas para realizar encenações em locais de grande aglomeração eram remuneradas com recursos que provinham de contratos de serviços fictícios. O objetivo desse esquema era influenciar a opinião dos eleitores, obscurecendo a imagem de determinados candidatos por meio de encenações teatrais.

Os agentes da PF foram autorizados a cumprir 10 mandados de busca e apreensão em diversas localidades. Entre os alvos da operação está o prefeito de , Dr. Serginho (PL). Um grupo de indivíduos investigados é proprietário de empresas acusadas de envolver-se em fraudes em processos licitatórios em vários municípios, incluindo , Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti.

Além do prefeito, dois candidatos a prefeito que não tiveram sucesso nas eleições de 2024 também são alvos das investigações. O deputado estadual Valdecy da Saúde (PL), que disputou a eleição em São João de Meriti, e Aarão (PP), que concorria em Mangaratiba, têm mandados de busca expedidos contra eles.

Histórico da primeira fase da Operação

A primeira fase da operação ocorreu em 12 de setembro do ano anterior, quando quatro pessoas foram presas. Essa organização criminosa tinha registros de atividades em pelo menos 13 cidades do estado, e utilizava atores para realizar peças teatrais em espaço público, com o intuito de moldar a decisão do eleitor ao desmerecer concorrentes.

Conforme relatado pela PF, os envolvidos eram responsáveis por criar roteiros de teatro político, elaborados de maneira a parecer naturais e espontâneos. Os atores simulavam diálogos entre eleitores, apelos emocionais em comícios, acusações infundadas de corrupção e representações de violência ou vandalismo atribuídas a apoios a certos políticos.

A produção dessas encenações era registrada por meio de celulares ou câmeras camufladas, e posteriormente, as gravações eram disseminadas em plataformas de redes sociais, frequentemente acompanhadas de edições e legendas que intensificavam a desinformação.

Detalhes sobre o esquema foram abordados por um programa televisivo, com depoimentos de atores que participaram dessas práticas enganosas. Um dos participantes afirmou ter recebido R$ 250 diários para “atuar como eleitor descontente” em locais como feiras livres e terminais de transporte público. Outros atores revelaram que os roteiros frequentemente abordavam temas delicados, como segurança, corrupção e questões raciais, o que potencializava a viralização do conteúdo nas redes sociais.

Para especialistas que atuam na área de direito eleitoral e no enfrentamento à desinformação, a situação descrita na Operação Teatro Invisível representa uma nova faceta do uso de notícias falsas no Brasil, misturando elementos do ambiente digital e físico de forma a manipular a percepção do público sobre os candidatos e as eleições, em uma estratégia que dificulta a identificação da origem da desinformação.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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Editorial GRDL

Editorial do Guia Região dos Lagos

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