Cabo Frio: Dia livre gera incertezas sobre salários e 13º dos servidores

No último dia 20, um decreto assinado pela prefeita Magdala Furtado (PV) gerou um clima de insatisfação entre os colaboradores da cidade de Cabo Frio. A nova norma determina ponto facultativo para os dias 23 e 24 de janeiro, além dos dias 30 e 31, gerando incertezas sobre a quitação dos salários e o 13º de diversas categorias que ainda aguardam pagamento.

Na última sexta-feira, a administração municipal informou que os servidores efetivos, profissionais da área da Saúde que atuam em emergências, e os trabalhadores da COMSERCAF já poderiam consultar seus pagamentos. Contudo, funcionários de diferentes setores relataram que ainda não haviam recebido os valores devidos e estavam na expectativa de que as quantias fossem depositadas na segunda-feira, dia 23. As datas de ponto facultativo causaram temor em relação a possíveis atrasos nos pagamentos.

De acordo com informações que circulavam entre os educadores, havia expectativa de que o pagamento dos salários fosse feito na terça-feira (24), com o depósito disponível nos bancos na segunda-feira (23). O restante do 13º salário estava programado para ser depositado na segunda-feira seguinte, dia 30. Entretanto, a publicação do decreto que anunciou os pontos facultativos levantou preocupações entre os trabalhadores sobre o cumprimento desses prazos.

O decreto enviado pela prefeitura especifica que o ponto facultativo garantirá o funcionamento apenas dos serviços essenciais, como atendimentos médicos, a limpeza urbana e as operações da Guarda Municipal. No entanto, não foi incluída qualquer menção sobre medidas para assegurar que os pagamentos sejam processados dentro deste período de ponto facultativo.

O Portal RC24h tentou entrar em contato com a administração municipal para esclarecer a situação e questionar se existe a possibilidade de regularização dos repasses ainda nesta semana. Até o momento do fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.

O descontentamento dos servidores se intensifica à medida que a data de pagamento se aproxima. Muitas categorias profissionais já enfrentam atrasos recorrentes e a insegurança acerca do calendário de pagamentos traz à tona a dificuldade que muitos enfrentam em suas vidas cotidianas, sobretudo considerando as obrigações financeiras e familiares. Assim, a medida de ponto facultativo foi vista como um agravante nesse cenário.

A condição dos trabalhadores de Cabo Frio não é isolada, já que, em anos anteriores, diversas administrações enfrentaram críticas relacionadas a atrasos nos repasses salariais. O sentimento geral é de que as decisões tomadas pela gestão precisam levar em conta as realidades enfrentadas pelas equipes e suas responsabilidades financeiras.

Além disso, a falta de comunicação clara e eficaz sobre os processos de pagamento aumentou a desconfiança entre os servidores, que se sentem desamparados em relação à administração. Enquanto a prefeitura tenta administrar a crise, a insatisfação e a preocupação em torno das questões salariais permanecem no centro do debate público.

Seria fundamental que a gestão se mostrasse mais transparente e comprometida em solucionar as pendências salariais, a fim de restaurar a confiança nas instituições e garantir condições dignas de trabalho para todos os servidores. As medidas a serem tomadas nas próximas semanas serão cruciais para determinar não apenas a satisfação dos trabalhadores, mas também o clima organizacional na administração pública de Cabo Frio.

Portanto, é imprescindível que as respostas sobre os pagamentos sejam rapidamente fornecidas e que medidas concretas sejam implementadas para evitar que o descontentamento se intensifique e que novas situações semelhantes venham a ocorrer no futuro.