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Investigação sobre falsa gravidez de gêmeos em Cabo Frio
A Polícia Civil está apurando um caso incomum envolvendo uma jovem que aparentou estar grávida de gêmeos. O desenrolar da situação ocorreu no Hospital da Mulher, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no último sábado, dia 22.
Segundo relatos da sogra da jovem, a mulher alegou que estava grávida desde o ano anterior e apresentou exames que supostamente mostravam um resultado positivo. Além disso, ela organizou um chá revelação. Inicialmente, afirmava que esperava o nascimento de uma menina, mas depois alegou que estava tentando ter gêmeos, incluindo um menino e uma menina. Em meio à expectativa familiar, mais de R$ 5 mil foram gastos com as preparações, com a sogra comprando roupas para os supostos netos. A sogra registrou um boletim de ocorrência na 126ª DP (Cabo Frio) posteriormente.
Conforme a sogra contou, cerca de um mês após a festa, mudanças físicas na jovem começaram a ser notadas, e a barriga dela parecia não estar crescendo. No entanto, a jovem seguia sustentando sua história, dizendo que a data do parto estava se aproximando e mostrando fotos que supostamente provavam a gravidez.
A avó paterna, por outro lado, mantinha dúvidas sobre a veracidade da situação, principalmente porque nunca foram apresentados exames de ultrassom para a família. Em um telefonema no dia 14, o filho da sogra informou que a companheira estava sentindo contrações e que os bebês poderiam chegar a qualquer momento. Ao ser instruído a levar a jovem ao hospital, o homem afirmou que ela não queria ir sozinha e preferia aguardar a presença de sua mãe.
Naquela mesma noite, a sogra foi informada que a jovem tinha ido ao hospital e que estava sendo examinada, apresentando um quê de um centímetro de dilatação, com os bebês pesando aproximadamente 2,6 kg cada. O parto, segundo a jovem, já estava agendado para aquele sábado, mas a sogra sugeriu que fosse antecipado para sexta-feira, dia 21, acreditando que os médicos disponíveis naquele dia seriam os melhores.
A jovem chegou à casa da sogra na madrugada do dia 22, por volta das 3h, e nas primeiras horas da manhã, foi levada para o hospital. Após ser admitida, a jovem passou por exames adicionais, e a sogra afirmou ter ouvido o que parecia ser o batimento cardíaco dos bebês, o que a fez acreditar que a gravidez era real. Desde a noite anterior, ela e o filho estavam em jejum e pressionaram a equipe médica para realizar a cesárea rapidamente, pois acreditava-se que os bebês poderiam nascer logo.
Ao entrar na sala de cirurgia, o filho acompanhou a jovem, enquanto a sogra aguardava do lado de fora para receber a notícia do nascimento. Pouco depois, foi chamada pelos médicos que informaram que não havia bebês na barriga da jovem. Essa revelação deixou a sogra e o filho em estado de choque, com ambos recebendo suporte de psicólogos após o ocorrido.
Após o incidente, a equipe médica envolvida na situação foi afastada, embora a sogra tenha ressaltado que não houve erro na conduta dos profissionais da saúde. Por conta disso, ela registrou um boletim de ocorrência e insistiu que o hospital não tinha responsabilidade pelo case. A jovem que simulou a gravidez permanece internada no Hospital da Mulher, mas se recusa a falar com qualquer pessoa.
Foi recentemente descoberto que ela utilizava exames pertencentes a outra mulher, os apresentando como se fossem dela. O caso segue sob investigação na 126ª DP (Cabo Frio). A prefeitura de Cabo Frio foi contatada, mas não respondeu a solicitações sobre comentários a respeito do caso nem sobre a possível reintegração dos médicos que foram demitidos.
Este caso traz à tona questões delicadas sobre a saúde mental, confiança e as implicações legais que podem surgir de uma situação tão complexa. À medida que a investigação avança, aguarda-se mais informações sobre o estado psicológico da jovem e as consequências legais decorrentes de suas ações e as reações da família e do hospital ao ocorrido.
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