No início da manhã desta quarta-feira (9), em diversas cidades da Região dos Lagos, centenas de dispositivos como cigarros eletrônicos, vapes e pods foram confiscados, em uma ação da Polícia Federal. Esses produtos estão proibidos para comercialização no Brasil.
Durante a operação chamada “No Evali”, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em municípios como Cabo Frio, Armação dos Búzios e Arraial do Cabo, com o auxílio da Receita Federal.
A investigação aponta que esses equipamentos estavam sendo importados e vendidos de forma ilegal por diversos estabelecimentos nos municípios mencionados anteriormente. Diligências iniciais revelaram evidências robustas sobre o armazenamento e comércio dessas mercadorias contrabandeadas, com alguns negócios apresentando registro na Receita Federal como inapto ou até mesmo baixado.
Os cigarros eletrônicos eram expostos abertamente em vitrines ou estavam escondidos sob os balcões, com a intenção de facilitar a distribuição para os clientes de maneira dissimulada.
Além das vendas diretamente no interior das lojas, conforme a Polícia Federal, algumas empresas sob investigação também utilizam sites e redes sociais para comercializar os produtos contrabandeados, expandindo assim a sua rede de clientes.
Os dispositivos que foram apreendidos foram levados para a Delegacia da Polícia Federal localizada em Macaé/RJ, que é a responsável por dar continuidade às investigações. Posteriormente, os produtos serão enviados à Receita Federal. Os proprietários dos estabelecimentos sob investigação e outros indivíduos envolvidos podem ser responsabilizados pelo crime de contrabando, que em casos mais graves pode resultar em penas de até cinco anos de detenção.
O nome da operação foi escolhido em referência à Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico, que é popularmente conhecida como EVALI. Esta doença emergiu como um grave fenômeno de saúde pública nos últimos anos devido às complicações respiratórias significativas ligadas ao uso de cigarros eletrônicos.
As receitas da venda de cigarros eletrônicos, que são proibidos no Brasil, fazem parte de um comércio ilícito que levanta preocupações não apenas sobre a saúde dos consumidores, mas também sobre a integridade do mercado. As autoridades estão intensificando as ações de fiscalização para coibir esse tipo de prática comercial.
A operação “No Evali” é um reflexo do comprometimento das agências governamentais em combater o contrabando e proteger os cidadãos dos riscos associados ao uso de produtos não regulamentados. Além disso, os procedimentos de investigação são sempre acompanhados de perto para assegurar que qualquer irregularidade seja devidamente tratada e que os responsáveis enfrentem as consequências legais de suas ações.
As operações de combate ao contrabando não são novidades, mas têm se intensificado nos últimos tempos, especialmente com a adoção de estratégias de trabalho conjunto entre diferentes órgãos, como a Polícia Federal e a Receita Federal, que buscam desmantelar redes de comércio ilegal e garantir a segurança da população.
A atuação das forças de segurança trata de uma responsabilidade coletiva e uma resposta necessária às demandas sociais por um ambiente mais seguro, longe dos riscos que produtos ilícitos podem trazer à saúde pública. O futuro da comercialização de cigarros eletrônicos no Brasil permanece incerto, mas a firmeza das operações indica um esforço contínuo para manter a legislação vigente e proteger a saúde dos cidadãos.