Em uma ação voltada para a preservação da ordem pública durante as eleições, o Juiz Eleitoral da 172ª Zona Eleitoral de Búzios, Danilo Marques Borges, tomou a decisão de proibir a comercialização de bebidas alcoólicas e determinar o fechamento de estabelecimentos comerciais nas proximidades dos locais de votação no dia das eleições.
Essa medida foi oficialmente implementada devido ao histórico de tensões e confrontos entre grupos políticos, que são frequentemente exacerbados por aglomerações em bares e restaurantes, especialmente em áreas de grande movimento, como a famosa região do “Cruzeiro da Rasa”.
Nas eleições passadas, o município de Búzios já foi palco de episódios de tumulto e conflitos entre eleitores de diferentes candidatos, muitos dos quais se apresentavam vestidos com as cores de suas campanhas. A fiscalização observou que a venda e o consumo de bebidas alcoólicas eram recorrentes durante a votação, o que contribuiu para o aumento das tensões e para a ocorrência de práticas ilícitas, incluindo “boca de urna” e “compra de votos”.
Com o objetivo de evitar novos episódios de violência e desordem, a venda de bebidas alcoólicas estará proibida em bares, restaurantes, lanchonetes, supermercados e por ambulantes em todo o município no dia 6 de outubro de 2024, entre 7h e 18h. Além disso, os estabelecimentos de bebidas localizados na região do “Cruzeiro da Rasa” e em áreas adjacentes aos locais de votação também deverão permanecer fechados durante o mesmo período.
Essa restrição visa não apenas garantir a tranquilidade do ambiente eleitoral, mas também proteger a integridade dos eleitores e evitar qualquer tipo de duvida quanto ao processo eleitoral e sua lisura. As autoridades estão cientes de que a presença de bebidas alcoólicas em áreas de votação pode incitar comportamentos agressivos e tumultos, prejudicando, assim, o andamento normal da eleição.
A decisão do juiz foi amplamente apoiada por organizações civis que lutam pela integridade das eleições e pela segurança pública. Essas entidades destacaram a importância de um ambiente pacífico para o exercício do voto, especialmente em áreas críticas onde a rivalidade entre candidatos pode gerar conflitos. A expectativa é que a proibição contribua para um ambiente menos propenso à violência e ao desrespeito às normas eleitorais.
Além das restrições à venda de bebidas, a Justiça Eleitoral também contará com um reforço na fiscalização em locais estratégicos, visando garantir que as determinações sejam cumpridas e que não ocorram ilegalidades que possam comprometer o pleito. O município de Búzios já enfrentou situações complicadas em votações anteriores, e a ação agora implantada busca prevenir a repetição desses eventos.
Históricos de tumultos nas eleições colocam em evidência o desafio constante que as autoridades enfrentam no que diz respeito à manutenção da ordem e do respeito ao processo democrático. A cada nova eleição, a preocupação com a segurança dos cidadãos aumenta, e medidas como a ordem do juiz se tornam essenciais para amenizar os riscos de confrontos e desordens.
A população de Búzios, em sua maioria, mostra-se favorável a medidas que garantam um pleito tranquilo e seguro. O consenso é que a presença de bebidas alcoólicas em locais de votação pode ser um fator catalisador para conflitos, levando a um ambiente de hostilidade que não serve ao propósito democrático do exercício do voto.
Em preparação para a data eleitoral, as autoridades locais estão desenvolvendo campanhas para informar os cidadãos sobre as restrições e a importância do respeito às normas estabelecidas. A intenção é engajar a população em um processo eleitoral pautado pelo civismo e pela responsabilidade. Assim, espera-se que o dia da eleição transcorra de forma pacífica, permitindo que cada eleitor exerça seu direito de voto com segurança e tranquilidade.
Essas ações da Justiça não são apenas reativas, mas proativas, buscando garantir uma mudança de comportamento no eleitorado e fomentar um clima de respeito e civilidade desde o início da campanha eleitoral. O futuro é incerto, mas o compromisso das autoridades em preservar a ordem e a integridade do processo democrático é inegável.
Fonte: Guia Região dos Lagos
