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Brasileira conquista Nobel da Agricultura com 5 inovações sustentáveis

Brasileira vence Nobel da Agricultura por inovação sustentável

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Engenheira Brasileira Mariangela Hungria Conquista Prêmio Mundial da Alimentação

A engenheira agrônoma e pesquisadora Mariangela Hungria, destaque na pesquisa agrícola brasileira, foi agraciada com o Prêmio Mundial da Alimentação, também conhecido como o “Nobel da Agricultura”, em solenidade realizada nos Estados Unidos. A premiação, promovida pela Fundação World Food Prize, honra indivíduos que impulsionam a qualidade, quantidade e acessibilidade de alimentos em escala global.

Mariangela possui uma carreia de mais de quatro décadas dedicadas à investigação científica. Seu trabalho pioneiro levou à criação de diversas soluções biológicas para o tratamento de sementes, aumentando de forma significativa a produtividade de culturas como soja, feijão, milho e trigo. Estas tecnologias estão em uso em mais de 40 milhões de hectares pelo Brasil, gerando economias anuais de até US$ 25 bilhões para os produtores e reduzindo a emissão de mais de 230 milhões de toneladas de CO₂.

Pioneirismo na Agricultura Sustentável

A pesquisadora destacou que substituir produtos químicos por opções biológicas representa seu maior desafio e orgulho. Ela ressaltou que seu trabalho contribui para a produção de alimentos com menor impacto ambiental. Mariangela também alcançou um feito inédito ao se tornar a primeira mulher brasileira a receber essa honraria, juntando-se a outros laureados nacionais.

Inspirada pela cientista Johanna Döbereiner, Mariangela Hungria foi uma defensora precoce da fixação biológica de nitrogênio, processo em que bactérias fornecem este nutriente essencial às plantas, dispensando fertilizantes sintéticos. Seu trabalho consolidou o Brasil na vanguarda da agricultura mundial, destacando-se no desenvolvimento de microrganismos que sintetizam hormônios vegetais e solubilizam minerais essenciais.

Carreira Acadêmica e Influência Internacional

Atualmente, Mariangela desempenha suas funções como pesquisadora na Embrapa Soja em Londrina (PR), onde está desde 1991, além de lecionar na Universidade Estadual do Paraná e na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ela detém um currículo robusto com formação em Engenharia Agronômica pela Esalq/USP, mestrado e doutorado em solos, além de pós-doutorados em universidades renomadas como Cornell e UC-Davis. Em 2020, ela foi listada entre os 100 mil cientistas mais influentes do planeta por uma pesquisa da Universidade de Stanford.

Kim Reynolds, governadora de Iowa, destacou Mariangela como um exemplo para mulheres na ciência durante o anúncio da premiação, descrevendo sua carreira como inspiradora para pesquisadoras globalmente. O presidente do comitê de seleção do prêmio, Gebisa Ejeta, elogiou o compromisso e a excelência científica da pesquisadora brasileira.

O Prestígio do Prêmio Mundial da Alimentação

Fundado em 1986 por Norman Borlaug, premiado com o Nobel da Paz e conhecido como o “pai da revolução verde”, o Prêmio Mundial da Alimentação busca reconhecer conquistas extraordinárias na área de alimentação. A cerimônia de premiação ocorrerá em 23 de outubro, em Des Moines, Iowa, onde Mariangela receberá uma premiação em dinheiro de US$ 500 mil e uma escultura de Saul Bass.

Em discurso de agradecimento, Mariangela salientou o valor do prêmio para a ciência nacional e expressou a expectativa de que sua conquista sirva de estímulo para que outras pessoas, especialmente mulheres, persigam uma carreira na ciência.
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