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Biohacking: implantação de chips no corpo humano explicada e motivos para adotar

Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo

Biohacking: Implantação de chips no próprio corpo é uma realidade

Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais comum ouvirmos falar sobre o biohacking, um conceito que se refere ao uso de tecnologias para alterar a biologia humana. Essas tecnologias podem envolver desde dispositivos implantados no corpo, como microchips, até óculos inteligentes que auxiliam pessoas com deficiência visual. No entanto, o implante de microchips no próprio corpo tem gerado debates e discussões sobre os limites éticos e de segurança dessa prática.

Um dos usos mais populares dos implantes de chips é a facilitação de pagamentos. Na Holanda, por exemplo, já há pessoas que utilizam essa tecnologia para efetuar transações comerciais. Em vez de usar dinheiro, cartões ou celulares, elas simplesmente aproximam a mão de um leitor de cartão para concluir a compra. A empresa holandesa Walletmor, especializada nessa tecnologia, garante que o chip é seguro e possui aprovação regulatória, funcionando imediatamente após o implante. Além disso, o chip não necessita de bateria ou qualquer outra fonte de energia.

Outra aplicação dos microchips é o armazenamento de dados. É possível utilizá-los para guardar informações médicas ou até mesmo o crachá do trabalho. Embora algumas pessoas possam achar estranho o fato de alguém possuir um chip implantado no corpo, para muitos, essa prática desperta curiosidade e interesse. O especialista em segurança cibernética Thiago Bordini, por exemplo, relata que diversas pessoas querem ver e sentir o chip implantado na mão, por pura curiosidade.

O biohacking também pode envolver o implante de pequenas pastilhas de ímãs nas pontas dos dedos. Essa prática tem como objetivo proporcionar uma sensibilidade extra, permitindo que as pessoas possam sentir campos magnéticos ao seu redor. No entanto, é importante ressaltar que esse procedimento não altera significativamente o corpo humano. Luli Radfahrer, professor e diretor do laboratório de pesquisa acadêmica Interfaces Digitais, Experiências e Inteligências Artificiais (IDEIA), afirma que essa modificação é puramente estética.

No entanto, é preciso considerar os riscos e questões éticas relacionados ao biohacking. A ausência de uma legislação específica no Brasil levanta preocupações sobre a segurança digital dessas tecnologias. Como esses dispositivos podem ser clonados, existe o risco de clonarem cartões de crédito ou mesmo utilizar os dados contidos nesses chips para outros fins maliciosos. Fernanda Matias, professora de biotecnologia na Universidade de São Paulo (USP), alerta para o fato de que o risco de segurança de dados é iminente em um país onde a clonagem é comum.

Apesar do crescente interesse no biohacking, ainda é difícil encontrar chips de implante no mercado. Comprar esses dispositivos é semelhante a comprar anabolizantes, não é uma tarefa fácil. A falta de regulamentação também pode ser um impeditivo para o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil.

Em resumo, o biohacking é uma realidade que vem ganhando espaço no dia a dia das pessoas. Através do implante de microchips, é possível facilitar pagamentos, armazenar dados e até mesmo aumentar a sensibilidade. No entanto, é preciso considerar os riscos e questões éticas envolvidas nessa prática. A segurança digital e a regulamentação são pontos que devem ser discutidos e definidos, a fim de garantir a proteção dos usuários e evitar possíveis abusos.

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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