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As 7 razões pelas quais pessoas evitam usar inteligência artificial

As pessoas que se recusam a usar IA

Resistência à Inteligência Artificial Surge por Questões Ambientais e de Habilidades

A crescente presença de ferramentas de inteligência artificial está gerando desconforto entre algumas pessoas, preocupadas com aspectos ambientais e a potencial perda de habilidades humanas. Sabine Zetteler, proprietária de uma agência de comunicação em Londres, questiona o valor de produtos criados por IA e recusa-se a adotar essas tecnologias.

Zetteler, que gerencia uma equipe de cerca de 10 pessoas, critica o uso da inteligência artificial em diversas áreas, como escrita, música e comunicação. Ela vê essa prática como desprovida de significado, tanto pessoal quanto profissional. “Qual o ponto de utilizar algo que não foi produzido por uma pessoa?”, indaga.

Preocupações Ambientais em Destaque

O uso crescente de inteligência artificial trouxe consigo um novo desafio ambiental. O treinamento e funcionamento contínuo dessas ferramentas requerem níveis significativos de energia. Um relatório de um banco de investimentos indicou que o consumo energético de uma pesquisa no ChatGPT é dez vezes superior ao de uma busca tradicional na internet.

Entre as preocupadas está Florence Achery, que dirige um estúdio de Yoga em Londres. Para Achery, o impacto ambiental negativo é um forte argumento contra a adoção da IA. Ela sublinha a desconexão entre a tecnologia sem alma e seu compromisso com a conexão humana. “Fico perturbada com o gasto energético envolvido para manter esses sistemas funcionando”, comenta.

Embora Zetteler reconheça os benefícios sociais ocasionais da inteligência artificial, como acessibilidade para deficientes visuais, ela permanece cética quanto ao seu impacto a longo prazo. Ela menciona que o sucesso de um negócio não pode ser medido apenas pela eficiência ou lucro, mas também pela contribuição social.

Ameaça às Habilidades Humanas

A preocupação com a dependência tecnológica também afeta Sierra Hansen, profissional de relações institucionais em Seattle. Hansen acredita que a utilização excessiva de IA pode prejudicar a capacidade humana de resolver problemas. “Nosso papel é exercer pensamento crítico, algo que não se faz com orientações de um sistema automatizado”, ressalta.

Ainda assim, o avanço da inteligência artificial é inegável. Jackie Adams, nome fictício de uma profissional de marketing digital, inicialmente resistiu à adoção de IA, mas foi forçada a rever sua posição devido à demanda do mercado. Adams observou que a resistência poderia comprometer sua carreira, visto que as exigências profissionais agora incluem experiência com sistemas de inteligência artificial.

Hoje, Adams enxerga a IA como uma ferramenta de aprimoramento, auxiliando na elaboração de textos e edição de imagens. Para James Brusseau, especialista em ética da tecnologia, a resistência à IA já passou. Ele sugere que, embora certas decisões ainda devam ser feitas por humanos, outras áreas rapidamente ficarão sob responsabilidade das máquinas.

Apesar de usar ferramentas de inteligência artificial em seu trabalho, Adams ainda lamenta a ubiquidade crescente dessas tecnologias. Ela expressa preocupação com a perda de controle que essas inovações trazem para o cotidiano e se pergunta até onde chegará essa evolução tecnológica desenfreada.

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Foto de Felipe Rabello

Felipe Rabello

Felipe é um dos editores do Guia Região dos Lagos.

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