Arraial do Cabo: cidade está entre as mais favelizadas do Rio, diz Censo 2022

Arraial do Cabo está entre as cidades mais favelizadas do Rio, segundo Censo 2022 — RC24H

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Crise econômica aumenta o número de moradores de favelas no Rio de Janeiro

Nos últimos dez anos, o estado do Rio de Janeiro enfrentou uma significativa crise econômica provocada pela diminuição do preço do petróleo. Essa situação gerou um aumento do endividamento dos setores públicos, refletindo em uma escassez de políticas habitacionais adequadas. Segundo os dados do Censo 2022, essas adversidades podem ter contribuído para o crescimento do número de pessoas vivendo em favelas. Curiosamente, esse aumento se deu majoritariamente fora da capital, que registrou uma perda de 43 mil residentes em suas comunidades. Essas informações foram divulgadas na última sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A cidade do Rio de Janeiro, que é a mais populosa do estado, também é a que concentra a maior quantidade de favelas, totalizando 813 áreas onde residem aproximadamente 1,3 milhão de pessoas. Niterói e São Gonçalo seguem na lista, com 83 e 63 favelas, respectivamente, consolidando-se como os municípios com o maior número de comunidades do estado.


Entretanto, uma análise que cruzou os dados da população geral das cidades fluminenses demonstra que a capital não se destaca entre as mais favelizadas proporcionalmente. O ranking é liderado por Angra dos Reis, e Teresópolis, que são também alguns dos principais destinos turísticos do estado. Em Angra dos Reis, por exemplo, 42% da população reside em comunidades, enquanto em Teresópolis esse percentual é de 31%. Ambas as cidades enfrentaram, na última década, sérias tragédias associadas a chuvas e deslizamentos de terra.

A capital do Rio, por sua vez, aparece com 21% da sua população vivendo em favelas, uma estatística que ainda é alarmante, mas inferior àquela observada em municípios como Angra e Teresópolis.

A crise econômica no estado do Rio de Janeiro levou ao crescimento de favelas em várias cidades, mostrando a complexidade do problema habitacional.

No Censo de 2010, favelas eram registradas em 42 cidades do estado, enquanto que, no último levantamento, esse número aumentou para 53. O crescimento no número de municípios com favelas acompanha o aumento da população que reside nessas áreas, que contabiliza 118 mil pessoas a mais do que na década anterior. Cidades como Resende, Saquarema e São João da Barra também foram adicionadas a essa lista crescente.

O geógrafo Jaison Cervi, que atua como gerente de Pesquisas e Classificações Territoriais do IBGE, destaca que, ao longo dos últimos dez anos até o Censo de 2022, houve um aprimoramento nas metodologias utilizadas pela instituição. Essas inovações podem ter influenciado, em parte, o surgimento de novas favelas na pesquisa mais recente.

“Realizamos em 2010 o melhor levantamento que conseguimos de favelas e comunidades urbanas. Em 2022, melhoramos nossos sistemas de identificação e mapeamento”, explicou Cervi, enfatizando o avanço na precisão dos dados coletados.

Essas informações sobre a realidade das favelas no estado do Rio de Janeiro indicam uma complexa interseção entre fatores econômicos, sociais e metodológicos que refletem as profundas desigualdades existentes na sociedade brasileira. O desafio para os governantes e formuladores de políticas públicas continua sendo assegurar que as necessidades habitacionais da população sejam atendidas de maneira eficaz e sustentável.

*Com informações dO GLOBO.

Fonte da Notícia: Guia Região dos Lagos

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Bruno Rodrigo Souza

Bruno é Fundador e Editor no Guia Região dos Lagos

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