Anatel bloqueia 3,9 mil servidores usados na pirataria de TV por assinatura
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta quinta-feira (14) o balanço mais recente das ações realizadas no combate à pirataria de TV por assinatura. Desde fevereiro, a agência reguladora tem realizado operações para bloquear servidores clandestinos de TV boxes, equipamentos utilizados para acessar ilegalmente o conteúdo da TV paga.
No total, foram realizadas 52 operações ao longo deste ano, resultando no bloqueio de 3,9 mil servidores clandestinos. A Anatel tem como objetivo retirar das residências brasileiras as TV boxes não homologadas, pois a aquisição destes dispositivos configura crime, uma vez que permite o acesso ilegal a conteúdo da TV por assinatura sem pagamento.
Além da questão legal, o uso de TV boxes não homologadas também coloca em risco a segurança dos dados dos usuários. Esses aparelhos não possuem assistência técnica e não garantem a segurança das informações. Além disso, podem servir como vetores de ataques digitais tanto à rede dos usuários como às redes das prestadoras de telecomunicações.
A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura estima que a pirataria na TV paga possa gerar um prejuízo de até R$ 15 bilhões por ano. Diante disso, a Anatel planeja aumentar as ações de bloqueio no próximo ano. A agência estima que atualmente 5 a 7 milhões de aparelhos ilegais estejam em uso no Brasil.
Combate à pirataria de conteúdo audiovisual
A Anatel pretende intensificar as operações de bloqueio e fortalecer o combate à pirataria de conteúdo audiovisual no Brasil até 2024. Uma das estratégias utilizadas pela agência é realizar bloqueios de sinais das TV boxes ilegais durante os finais de semana e nas transmissões de grandes eventos.
No último dia 6, a Anatel adotou essa tática e conseguiu bloquear o uso de aplicativos usados para pirataria e 1,2 mil sites de streaming ilegais na transmissão da última rodada da Série A do Brasileirão.
Essas ações são importantes para coibir o uso ilegal de TV boxes e proteger a indústria de TV por assinatura, que gera empregos e investimentos no país. Além disso, a pirataria prejudica os artistas, produtores e empresas que produzem e distribuem conteúdo audiovisual.
A Anatel trabalha em parceria com as operadoras de TV por assinatura e com a Polícia Federal para identificar e combater a venda e o uso de equipamentos clandestinos. A iniciativa também conta com o apoio da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura.
As ações de bloqueio realizadas neste ano evidenciam o compromisso da Anatel em proteger o mercado legal de TV por assinatura e combater a pirataria, garantindo a qualidade do serviço e a segurança dos dados dos usuários.