Defesa de “Faraó dos Bitcoins” pede prisão domiciliar alegando problemas psiquiátricos
A defesa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, entrou com um novo pedido de habeas corpus (HC) no Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (4), alegando problemas psiquiátricos e pedindo que ele possa responder pelos crimes em prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica.
A defesa de Glaidson alega que o acusado já realizava tratamento com um psiquiatra e fazia uso de medicamentos controlados antes de sua prisão. Segundo o advogado Gustavo Freitas Machado, o quadro de saúde de Glaidson se agravou e ele precisaria de cuidados médicos fora da cadeia. Para sustentar essa alegação, a defesa anexou um laudo psiquiátrico ao pedido enviado ao STF.
Fonte da imagem: Guia Região dos Lagos
O empresário, que antes era garçom, está preso preventivamente desde 2021, acusado de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos, movimentando aproximadamente R$ 38 bilhões.
Além do pedido de prisão domiciliar, a defesa também argumenta que Glaidson deveria responder às acusações na Justiça Estadual, e não na Justiça Federal. Atualmente, ele é réu em oito processos.
De acordo com a defesa, os esquemas atribuídos a Glaidson pelo Ministério Público Federal (MPF) não são crimes contra o sistema financeiro nacional, mas sim supostos crimes contra a economia popular, cuja competência é da justiça estadual.
Ainda, no pedido de habeas corpus, a defesa destaca que o crime de fraude com criptomoedas só foi tipificado em 2022, enquanto Glaidson foi acusado de estelionato antes disso, o que não corresponderia aos fatos.
Caso as prisões preventivas de Glaidson não sejam revogadas pelo STF, a defesa do empresário pede que ele fique em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.
A análise dos pedidos de Glaidson será feita pelo ministro Gilmar Mendes, porém, ainda não há uma data definida para o julgamento do pedido de liberdade.
Conclusão
A defesa de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, entrou com um novo pedido de habeas corpus no STF, alegando problemas psiquiátricos e solicitando prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa argumentou que Glaidson já realizava tratamento médico antes de sua prisão e que seu estado de saúde piorou durante o período em que está sob custódia do Estado. Além disso, a defesa defendeu que Glaidson responda às acusações na Justiça Estadual, pois os crimes atribuídos a ele não seriam contra o sistema financeiro nacional. O pedido ainda será analisado pelo ministro Gilmar Mendes e não há uma data definida para o julgamento.