Estudantes do Colégio Miguel Couto, em Cabo Frio, manifestam-se após assassinato cruel de colega
Alunos do Colégio Miguel Couto protestam após assassinato brutal de colega em Cabo Frio
Alunos do Colégio Estadual Miguel Couto realizaram uma manifestação na Praça Porto Richa, em Cabo Frio, nesta quarta-feira (06) às 8h30, para pedir justiça e relembrar o colega Gabriel Guimarães, de 17 anos, que foi brutalmente assassinado ao tentar defender a mãe de uma tentativa de feminicídio. O crime ocorreu na madrugada de terça-feira (05), na casa da família no bairro Foguete. Ana Paula de Queiroz, de 38 anos, mãe de Gabriel, foi esfaqueada várias vezes e está em estado grave no Hospital Central de Emergência (HCE), em São Cristóvão.
Gabriel, que cursava o segundo ano, teria revelado a uma amiga da escola a triste rotina de violência doméstica que era vítima. A diretora do Miguel Couto, professora Aline Boniolli, lamentou a perda de um aluno meigo, educado e bom filho. Gabriel fazia parte do NEPAC, o único grupo de pesquisa e estudo de áreas costeiras dentro de uma escola pública estadual. Além disso, era um ativista da causa ambiental e se envolvia em projetos dentro e fora da escola. Segundo a diretora, Gabriel via a escola como um lugar onde era respeitado e tratado com dignidade.
Protesto e homenagem
Os alunos do Colégio Miguel Couto se reuniram na Praça Porto Rocha para exigir justiça pelo assassinato de Gabriel. Em seguida, eles seguiram em uma caminhada até a escola, onde fariam uma homenagem ao colega morto. O grêmio estudantil Guilherme Augusto, que representa os alunos da escola, decidiu mudar seu nome para “Gabriel Guimarães” como forma de manter viva a memória do estudante.
Luta contra a violência doméstica
A morte de Gabriel Guimarães chocou toda a comunidade escolar e reacendeu o debate sobre a violência doméstica contra mulheres. O caso de Gabriel mostra como os jovens estão sofrendo diretamente com essa realidade e como é fundamental proporcionar uma educação que promova o respeito, notadamente, igualdade de gênero. É importante destacar que a violência doméstica não é um problema isolado e deve ser encarada como um problema de saúde pública, que demanda medidas eficazes de prevenção e proteção das vítimas.

A importância da educação ambiental
Outro aspecto relevante que deve ser ressaltado é o engajamento de Gabriel na questão ambiental. Ele participava ativamente de projetos ambientais dentro e fora da escola e fazia parte do NEPAC. Esse trágico acontecimento serve como um lembrete da importância da educação ambiental como forma de promover a conscientização sobre a preservação do meio ambiente e do respeito à natureza. É preciso valorizar e incentivar iniciativas como a do NEPAC, que contribuem para formar jovens mais conscientes e comprometidos com a sustentabilidade.
Combate ao feminicídio
O caso de Gabriel Guimarães evidencia, mais uma vez, o problema da violência contra a mulher e reforça a necessidade de uma luta contínua contra o feminicídio. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater essa grave violação dos direitos humanos, promovendo ações de conscientização, educação e políticas públicas efetivas. Além disso, é imprescindível que as vítimas de violência doméstica encontrem suporte e amparo nos órgãos competentes, bem como na rede de apoio social. Somente com um esforço conjunto será possível avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Conclusão
O assassinato de Gabriel Guimarães é uma triste e chocante realidade que expõe a violência doméstica e a luta que ainda precisa ser travada para combatê-la. Além disso, reforça a importância da educação ambiental e do engajamento dos jovens nas questões que envolvem a preservação do meio ambiente. Ao mesmo tempo, é um alerta para a sociedade sobre a urgência de enfrentar o feminicídio e garantir a proteção das mulheres. Que o protesto dos alunos do Colégio Miguel Couto seja um marco na busca por justiça e igualdade, e que a memória de Gabriel Guimarães seja sempre lembrada como símbolo de luta e resistência.