seca severa na bacia amazônica

seca Bacia Amazônica
Imagem que mostra a seca na Bacia Amazônica
Foto: © Nilmar Lage | Greenpeace

Em um novo esforço para chamar a atenção para os efeitos devastadores das mudanças climáticas, o Greenpeace Brasil realizou uma intervenção impactante ao instalar um enorme banner no leito seco do Rio Solimões, um dos rios mais importantes do planeta, que faz parte da grandiosa Bacia Amazônica.

Na área onde o nível das águas tem caído de 20 a 30 cm diariamente, conforme indicado pela Defesa Civil, os ativistas estenderam uma mensagem provocativa: “Cadê o rio que passava aqui?”. Em locais críticos ao longo do Solimões, como em Tabatinga, Fonte Boa e Coari, os dados revelam que o nível do rio está na sua marca histórica mais baixa.

Imagem que ilustra a seca na Bacia Amazônica
Foto: © Nilmar Lage | Greenpeace

Rômulo Batista, que coordena a área de Florestas do Greenpeace Brasil, destacou que essa ação tem como objetivo expor o quanto a crise climática está afetando não apenas a vasta floresta tropical, mas também suas comunidades e rios, que desempenham um papel crucial no equilíbrio do ecossistema global.

Ele afirma: “As autoridades em níveis municipal, estadual e federal deveriam já ter promovido ações concretas, como a criação de planos de adaptação às mudanças climáticas, a fim de proteger as comunidades locais – que incluem ribeirinhos, indígenas, quilombolas, pescadores e pequenos agricultores – que são as mais impactadas, mesmo tendo contribuído minimamente para essa crise ambiental.” O alerta é claro: a falta de ação é uma desconsideração aos que mais sofrem.

Injustiça Climática

No mesmo local, os membros do Greenpeace também expressaram a mensagem “Who Pays?” (Quem Paga), uma chamada à consciência pública que revela que as populações mais vulneráveis são as que enfrentam os maiores desafios em decorrência da crise climática. De acordo com estudos científicos, os principais causadores desta emergência ambiental incluem a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, e a destruição irreversível de ecossistemas naturais, como a Amazônia.

“Estamos levantando a questão: ‘quem realmente arcará com os custos’ das consequências advindas dos eventos climáticos extremos que afligem a Amazônia?”, questiona Batista. Além disso, ele enfatiza a solidariedade com todos que estão sendo afetados pela crise climática, reconhecendo que essas pessoas pagam um preço altíssimo por uma crise que foi gerada por grandes poluidores que buscam lucro a qualquer custo. “As grandes corporações de petróleo e gás precisam ser responsabilizadas e, à medida que o global se mobiliza para a transição do uso de combustíveis fósseis, os governos devem pressionar essas companhias para que cessem suas atividades de perfuração e comecem a reparar os danos climáticos que causaram”, concluiu.

Essa manifestação não é apenas um grito de alerta sobre a seca extrema enfrentada na Bacia Amazônica, mas também um apelo por justiça climática, exigindo que aqueles que mais contribuem para o problema também sejam os que arcam com a responsabilidade de consertar seus erros. A Amazônia, considerada o pulmão do planeta, não é apenas um ativo ambiental, mas também sustenta a vida de milhões de pessoas que dependem de seus recursos naturais.

A luta por justiça e preservação ambiental continua a crescer e as ações do Greenpeace são um reflexo da urgência que muitos sentem em relação aos desafios climáticos atuais. A mensagem é clara: se não houver uma ação global e a responsabilidade for delegada a quem menos contribui para a crise, os impactos serão cada vez mais desiguais, com as populações vulneráveis pagando o preço mais alto.

O futuro da Amazônia e, consequentemente, do planeta, depende das escolhas que fazemos hoje. A mobilização por um mundo mais equilibrado e justo é uma necessidade imperativa. Se as mudanças climáticas não forem tratadas de forma pertinente e com seriedade, o que está acontecendo na Bacia Amazônica pode ser apenas um sinal do que está por vir a outras regiões do mundo.

Essas reflexões são fundamentais em um momento em que as vozes de ativistas, cientistas e cidadãos comuns clamam por ações imediatas e eficazes para reverter essa trajetória de destruição, buscando uma solução que beneficie não só o meio ambiente, mas a sociedade como um todo.

Fonte: Guia Região dos Lagos

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