Tecnologias de captura de carbono são cruciais na luta contra a crise climática
As mudanças climáticas têm sido uma preocupação crescente em todo o mundo, afetando diversos setores, incluindo o empresarial. Com a urgência de reduzir as emissões de CO2 e limitar o aumento da temperatura média global, a captura de carbono surge como uma solução viável para mitigar os impactos ambientais.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas de 2021, é necessário limitar o aumento da temperatura a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais. Isso requer uma redução de 45% nas emissões de CO2 até 2030 e a neutralidade de carbono até 2050. Nesse sentido, as empresas têm papel fundamental na adoção de práticas mais sustentáveis.
A captura de carbono é uma tecnologia que pode auxiliar na redução das emissões de CO2, principalmente em setores como transporte, siderurgia, cimento e aviação, que têm mais dificuldade em substituir fontes de energia por renováveis. Além disso, a captura de carbono pode contribuir para a remoção do gás já presente na atmosfera, utilizando técnicas como a captura direta do ar ou o uso de biomassa associada ao armazenamento de carbono.
Essa abordagem não apenas reduz as emissões de CO2, mas também pode trazer benefícios econômicos e sociais. A captura de carbono cria oportunidades de emprego, estimula a inovação e o desenvolvimento tecnológico, fortalece a competitividade e a sustentabilidade das indústrias e promove a cooperação internacional.
No setor de energia, a captura de carbono também desempenha um papel importante, especialmente na redução das emissões de CO2. As usinas a gás com captura de carbono podem ser usadas como backup para a intermitência das energias eólica e solar, acelerando a transição para matrizes energéticas mais limpas.
Apesar dos avanços tecnológicos, ainda existem desafios a serem superados para a adoção em grande escala da captura de carbono. É fundamental que governos, empresas e organizações internacionais colaborem para criar um ambiente propício, com regulamentações e incentivos que promovam investimentos em tecnologias de baixa emissão de CO2.
No Brasil, o governo lançou uma nova política industrial com foco na bioeconomia, descarbonização e transição energética. Uma das metas é ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira. Além disso, busca-se reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria.
É importante destacar que a captura de carbono não é a única solução para combater a crise climática. É necessário adotar uma abordagem holística, que envolva a redução das emissões, o uso de energias renováveis e a adoção de práticas mais sustentáveis em todos os setores da economia.
Em conclusão, a captura de carbono é uma tecnologia promissora que pode contribuir significativamente para a redução das emissões de CO2 e para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Com o apoio de governos, empresas e organizações internacionais, essa tecnologia pode se tornar uma aliada importante na luta contra a crise climática. A busca por soluções inovadoras e sustentáveis se torna cada vez mais urgente, e a captura de carbono pode desempenhar um papel fundamental nesse processo.