Áreas úmidas desempenham funções vitais para a humanidade
As áreas úmidas são ecossistemas de extrema importância para a vida no planeta. Elas englobam diversos tipos de zonas, como enseadas, manguezais, pântanos, charcos, turfeiras, viveiros de peixes e arrozais. Esses ecossistemas são responsáveis por fornecer uma série de benefícios, como a produção de água doce, alimentos e a prevenção de eventos climáticos extremos. Por isso, é fundamental destacar sua relevância e conservação.
O Dia Mundial das Zonas Úmidas, celebrado em 2 de fevereiro desde 1997, marca o aniversário da Convenção sobre as Zonas Úmidas, também conhecida como Convenção de Ramsar, devido à sua assinatura na cidade iraniana de Ramsar. Essa convenção foi um marco para a conservação e uso sustentável das zonas úmidas e de seus recursos naturais, além de classificar áreas úmidas de importância mundial, os chamados Sítios Ramsar.
O Brasil possui 27 áreas classificadas como sítios Ramsar, abrangendo quase 26,8 milhões de hectares. Entre essas áreas, destacam-se o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, a Estação Ecológica Mamirauá, a Ilha do Bananal, as Reentrâncias Maranhenses, a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, o Parque Estadual Marinho do Parcel de Manoel Luz, a Lagoa do Peixe, a Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal, o Parque Estadual do Rio Doce, a Fazenda Rio Negro e o Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
Neste ano, a ONU destaca a relação entre as áreas úmidas e o bem-estar humano. Esses ecossistemas desempenham funções vitais ao armazenar água durante períodos de seca, absorver água durante cheias, filtrar poluentes e fornecer água potável e irrigação para as plantações. Além disso, as áreas úmidas abrigam uma grande diversidade de plantas e animais, sendo a principal fonte de peixes para mais de um bilhão de pessoas.
No entanto, as áreas úmidas enfrentam diversas ameaças. A agricultura insustentável é uma das principais causas da perda desses ecossistemas, que são drenados e enchidos para fins agrícolas. Além disso, as áreas úmidas próximas a cidades também têm sido poluídas por atividades humanas, incluindo a poluição plástica. A perda contínua dessas áreas gera um ciclo de declínio da biodiversidade e aumento da pobreza, afetando negativamente a qualidade de vida das comunidades locais.
As áreas úmidas também estão expostas aos impactos das mudanças climáticas, o que intensifica ainda mais os problemas enfrentados por esses ecossistemas. É fundamental adotar medidas para proteger e conservar as áreas úmidas, buscando práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo a poluição e promovendo a conscientização sobre sua importância.
Por fim, é importante ressaltar alguns dos principais benefícios proporcionados pelas áreas úmidas. Além de fornecer água doce e filtrar poluentes, elas abrigam uma grande variedade de plantas e animais, são essenciais para a subsistência de muitas comunidades que dependem da pesca e do cultivo do arroz, capturam CO2 da atmosfera e armazenam mais carbono do que qualquer outro ecossistema terrestre. Além disso, as áreas úmidas protegem comunidades costeiras contra tempestades e desastres naturais, armazenam grandes quantidades de água e proporcionam uma ligação com a natureza que contribui para a melhoria da saúde mental e do bem-estar.
Portanto, devemos valorizar e preservar as áreas úmidas, reconhecendo sua importância para a humanidade e adotando práticas que garantam sua conservação a longo prazo. A conscientização e o engajamento da sociedade são fundamentais nesse processo, pois é responsabilidade de todos contribuir para a proteção desses ecossistemas vitais.