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60% do Brasil não avança no caminho do desenvolvimento sustentável

São Paulo, vista áerea

Durante o Fórum Movimentos pela Regeneração, ocorrido em São Paulo, o Instituto Cidades Sustentáveis apresentou o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades 2025 (IDSC-BR). Esta ferramenta inédita avalia os 5.570 municípios do Brasil por meio de 100 indicadores socioeconômicos e ambientais, com dados de fontes como o IBGE, DataSUS e Inep. O levantamento evidencia que a maioria das cidades brasileiras ainda precisa avançar consideravelmente para atingir um alto nível de desenvolvimento sustentável.

Panorama Geral do Índice

Em comparação com dados de 2015, cerca de 60% das cidades do país, ou seja, 3.328 municípios, apresentaram piora ou estagnação em suas pontuações. O índice proporciona uma visão integrada de áreas cruciais como saúde, educação, renda, moradia, saneamento e mudanças climáticas, destacando a disparidade entre diferentes regiões e cidades.

Desempenho de Destaque em 2025

Nenhuma cidade ultrapassou a marca de 80 pontos na escala que vai até 100. Apenas 3% das cidades (168 municípios) superaram os 60 pontos. A maioria, 47,5% dos municípios, situou-se entre 50 e 59 pontos. São Paulo e Minas Gerais abrigam 90 das 100 cidades com melhor desempenho, enquanto a Amazônia e o Cerrado concentram a maioria das cidades com pontuações mais baixas, destacando o Maranhão e o Pará como estados com maior número de municípios com baixo desenvolvimento.

A Situação das Capitais

Entre as capitais brasileiras, São Paulo lidera com 57,9 pontos, seguida por Brasília e Curitiba. No entanto, Porto Velho e Macapá ocupam as últimas colocações. Do total, 12 capitais obtiveram pontuação média, enquanto outras 11 são classificadas como de baixo desenvolvimento sustentável.

Cidades Amazônicas: Um Desafio à Parte

A região amazônica enfrenta desafios significativos. Dos 100 municípios menos desenvolvidos, 75 estão na Amazônia Legal, que engloba nove estados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Desses, 87% possuem desenvolvimento sustentável classificado como baixo ou muito baixo. Nenhum dos municípios da região obteve pontuação alta, ou seja, acima de 60 pontos.

Compromisso com a Agenda 2030

O IDSC-BR permite monitorar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU, apontando avanços e desafios das cidades brasileiras para alcançar as metas da Agenda 2030. O Brasil se destaca como o primeiro país a aplicar tal monitoramento em todos os seus municípios, oferecendo uma avaliação pormenorizada para cada objetivo.

Origem e Evolução do Índice

A metodologia do índice foi desenvolvida pela Sustainable Development Solutions Network (SDSN), uma iniciativa da ONU. No Brasil, a adaptação foi realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que lançou o primeiro IDSC-BR em 2021. Desde então, as informações são atualizadas anualmente, apoiadas pela Caixa e a União Europeia.

O IDSC-BR integra os esforços do Programa Cidades Sustentáveis, promovendo ações que visam melhorar a vida urbana em todo o país. O Instituto Cidades Sustentáveis, desde sua criação em 2007, busca fortalecer a governança pública e enfrentar mudanças climáticas, atuando através de redes nacionais e no desenvolvimento de ferramentas de gestão pública.

Fonte da Notícia: [Guia Região dos Lagos](https://ciclovivo.com.br/arq-urb/urbanismo/desenvolvimento-sustentavel-nao-evolui-em-60-do-brasil/)

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