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Viroses Ameaçam Veranistas nas Praias de São Paulo
Com a chegada do verão, janeiro se torna um período aguardado por muitos paulistas, que planejam viajar para as praias. Contudo, o recente surto de viroses nas praias do litoral paulista pode fazer com que muitos repensem suas férias. É fundamental estar informado sobre quais praias devem ser evitadas nesse momento. Entre as 175 praias monitoradas pela Cetesb, 38 foram consideradas impróprias para o banho.
O acompanhamento da balneabilidade das praias em São Paulo é realizado de forma contínua pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O último relatório, que foi atualizado no dia 2 de janeiro, destaca que as cidades de Santos, São Sebastião e Praia Grande possuem o maior número de praias com condições inadequadas para o banho, sendo 7, 7 e 6 praias, respectivamente. A nova atualização está prevista para ser divulgada no dia 9 de janeiro, e pode ser acompanhada através do link oficial.
O Instituto Trata Brasil enfatiza a gravidade da situação, ressaltando que o início da alta temporada de verão revela os efeitos da falta de atendimento adequado na coleta e tratamento de esgoto. Afinal, praias que não são próprias para banho representam um risco à saúde dos turistas. Na verdade, logo após as celebrações do Réveillon, foram registrados aumentos significativos no número de atendimentos hospitalares relacionados a viroses gastrointestinais nas cidades do litoral paulista.
Pela fala da diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da Secretaria de Estado da Saúde, Alessandra Lucchesi, a situação em Guarujá é de surto. “Estamos considerando o uso do termo surto para a situação em Guarujá, uma vez que temos informações sobre um grande volume de pessoas atendidas, o que caracteriza essa condição,” relatou Lucchesi em uma entrevista para a Agência Brasil.
Quanto aos municípios que têm registrado aumento nos casos de diarreia aguda, as autoridades sanitárias estão orientando a conduzir investigações epidemiológicas e a coleta de amostras de fezes dentro de cinco dias após o surgimento dos sintomas. Essa coleta inicial é uma etapa crucial para a detecção dos patógenos envolvidos no surto.
Sintomas, Tratamento e Prevenção
Os sinais de viroses transmitidas por meio da água e alimentos podem incluir diarreia, febre, náusea, vômitos, dores musculares, dores abdominais, cefaleia e secreção nasal, entre outros. O tratamento principal para essas condições é a hidratação. Em situações mais severas, pode ser necessária a hidratação intravenosa, especialmente em crianças e idosos, que exigem cuidados especiais.
Casos de evacuações frequentes, dificuldades para se manter hidratado devido a vômitos persistentes, boca e pele secas, além de problemas para urinar, são indicativos de que um atendimento médico deve ser buscado.
Os riscos de contaminação são aumentados durante as férias de verão, sendo importante seguir algumas orientações para manter a saúde, especialmente nas praias. Recomenda-se evitar alimentos que não foram bem cozidos e assegurar que os alimentos estejam conservados adequadamente, com atenção the temperatura nos refrigeradores e mercados. É aconselhável levar seus próprios lanches durante passeios ao ar livre, observar a higiene em estabelecimentos de alimentação e lavar as mãos frequentemente, especialmente antes das refeições.
É crucial ainda evitar o consumo de gelo, bebidas que possam ter sido contaminadas ou água mineral sem procedência confirmada. Preste atenção às bandeiras que indicam a qualidade da água do mar: praias com bandeira verde são consideradas apropriadas para o banho, enquanto aquelas com bandeira vermelha são impróprias e o banho é desaconselhável. Além disso, não é recomendado nadar no mar menos de 24 horas após a ocorrência de chuvas.
Saneamento e Saúde Pública
Cerca de 33 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável e mais de 90 milhões vivem sem coleta de esgoto, conforme dados do Instituto Trata Brasil. Essa situação, já preocupante por si só, torna-se ainda mais crítica no verão, uma vez que o aumento da população nas cidades litorâneas sobrecarrega o sistema de saneamento, resultando em mais problemas de contaminação. O despejo inadequado de esgoto polui as águas marítimas, expondo ainda mais a saúde pública.
Além do risco à saúde de turistas e moradores, a falta de infraestrutura sanitária também impacta negativamente a indústria do turismo. Um estudo do Instituto Trata Brasil sugere que a universalização do saneamento poderia gerar um incremento de R$ 80 bilhões para o turismo entre 2021 e 2040, resultado que se atribui à melhoria na qualidade das águas e à diminuição de doenças relacionadas à água.
“A sanidade das águas e o aprimoramento da infraestrutura das praias são vitais para a promoção do turismo. Investir em saneamento básico é, portanto, essencial para proteger a saúde pública e promover o crescimento econômico das regiões guarnecidas,” enfatiza a instituição.
Se você está pensando em viajar, o Painel Saneamento Brasil oferece informações detalhadas sobre a condição do saneamento básico em mais de 893 localidades do país.
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